A conexão entre o que comemos e como nos sentimos vai muito além da sensação de prazer proporcionada pela refeição, como informa o professor Bruno Garcia Redondo. Estudos recentes demonstram que uma alimentação equilibrada pode ter impacto direto sobre a saúde mental, contribuindo significativamente para o bem-estar emocional. Ao adotar uma dieta rica em nutrientes específicos, é possível fortalecer o cérebro e prevenir o surgimento de diversos transtornos psicológicos.
A seguir, exploramos os principais pontos dessa relação entre dieta e equilíbrio emocional.
Como os nutrientes podem atuar na prevenção de transtornos mentais?
Certos nutrientes possuem um papel essencial no funcionamento do cérebro e na estabilidade emocional. O ômega-3, por exemplo, é conhecido por suas propriedades anti-inflamatórias e sua atuação na manutenção da função cerebral, sendo especialmente benéfico na prevenção de depressão e ansiedade. Já as vitaminas do complexo B, em especial a B12 e a B9 (ácido fólico), são fundamentais para a produção de neurotransmissores relacionados ao bom humor e à redução do estresse.
Da mesma forma, minerais como magnésio, zinco e ferro também têm demonstrado grande influência sobre a saúde mental. O magnésio, por exemplo, atua diretamente na regulação do sistema nervoso e pode ajudar no controle da ansiedade. Segundo Bruno Garcia Redondo, ao garantir o consumo adequado desses nutrientes, seja por meio da alimentação ou suplementação orientada, é possível criar uma base sólida para a prevenção de diversos distúrbios emocionais.
De que maneira os alimentos influenciam o equilíbrio emocional?
A alimentação interfere diretamente na produção de substâncias químicas cerebrais que regulam o humor. Alimentos ricos em triptofano, bem como ovos, laticínios e castanhas, favorecem a produção de serotonina, um neurotransmissor ligado à sensação de bem-estar. Com isso, uma dieta equilibrada pode melhorar a qualidade do sono, aumentar a disposição e reduzir sintomas de irritabilidade.
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Além disso, Bruno Garcia Redondo também destaca que o consumo regular de frutas, vegetais e grãos integrais contribui para uma microbiota intestinal saudável, que, por sua vez, está conectada ao cérebro por meio do chamado “eixo intestino-cérebro”. A saúde do intestino impacta diretamente na produção de neurotransmissores e no sistema imunológico, influenciando a resposta emocional ao estresse e às adversidades do dia a dia.
Quais hábitos alimentares podem favorecer a saúde mental?
Adotar uma rotina alimentar rica em alimentos naturais e minimamente processados é um dos primeiros passos para promover o bem-estar psicológico. Incluir fontes de gorduras boas, como peixes, abacate e sementes, além de vegetais variados, garante o aporte necessário de nutrientes que sustentam a saúde cerebral. Ao mesmo tempo, reduzir o consumo excessivo de açúcares refinados e ultraprocessados pode contribuir para uma melhor estabilidade emocional.
Outro hábito importante que Bruno Garcia Redondo menciona é manter horários regulares para as refeições e evitar longos períodos em jejum sem orientação adequada. Comer de forma consciente, prestando atenção aos sinais de fome e saciedade, também favorece o equilíbrio entre corpo e mente. Combinados a outros cuidados, como a prática de atividades físicas e boas noites de sono, esses hábitos ajudam a consolidar uma rotina mentalmente saudável.
Alimentar-se bem é cuidar da mente
Em resumo, o professor Bruno Garcia Redondo frisa que a alimentação vai além da nutrição física — ela é um dos pilares da saúde mental. Ao priorizar escolhas alimentares ricas em nutrientes e adotar hábitos saudáveis, é possível fortalecer a mente, prevenir transtornos emocionais e viver com mais equilíbrio. Portanto, investir em uma boa dieta é uma forma inteligente e acessível de promover o bem-estar psicológico em todas as fases da vida.
Autor: Lilly Jhons Borges