CEO da OpenAI chama o ChatGPT de um “produto horrível”

Em apenas dois meses, o ChatGPT, chatbot alimentado por inteligência artificial que é capaz de interagir com humanos, acumulou 100 milhões de usuários e despertou uma verdadeira corrida entre as maiores empresas de tecnologia para a adoção do modelo. Apesar do sucesso do sistema, Sam Altman, cofundador e CEO da OpenAI, que desenvolveu a ferramenta, parece não estar tão satisfeito assim.

Em entrevista, o executivo disse se tratar de um “produto horrível”, principalmente diante das frequentes mensagens de erro do sistema. “As pessoas estão, na verdade, indo para um site que às vezes funciona e às vezes está fora do ar”, comentou Altman ao podcast Hard Fork, do The New York Times.

“Elas estão digitando algo, estão tentando até acertar, e então copiam a resposta e vão colá-la em outro lugar – e depois voltam e tentam integrar isso com os resultados da pesquisa ou seus outros fluxos de trabalho”, acrescentou.

Mas nem só de críticas foi feita a avaliação do executivo. Na mesma entrevista, ele afirmou que o ChatGPT é “legal, com certeza”. “As pessoas realmente adoram, o que nos deixa muito felizes. Mas ninguém diria ainda que é um produto excelente e bem integrado… Acontece que há tanto valor aqui que as pessoas estão dispostas a tolerá-lo.”

Fenômeno mundial
Lançado em novembro do ano passado, o ChatGPT promovido uma verdadeira revolução em diversas áreas, como educação. Isso por conta da sua capacidade de elaborar diferentes tipos de conteúdo e escrever textos e artigos. Recentemente, Bill Gates, fundador da Microsoft, chegou a afirmar que essa tecnologia “mudaria o nosso mundo”.

A ferramenta, no entanto, ainda está está sujeita a falhas. Frequentemente, ele informa aos usuários que está no limite da capacidade ou rejeita inesperadamente suas consultas.

Greg Brockman, outro cofundador da OpenAI, relatou recentemente que o lançamento do chatbot em sua forma atual era uma espécie de último recurso para a empresa, após problemas internos com testadores beta.